InFamous: Second Son é um dos responsáveis por carregar a tocha da nova leva de consoles daSony. É um trabalho um tanto ingrato, ainda mais quando este pode ser o menos impactante salto entre gerações das últimas décadas. Ainda assim, apostando em um verdadeiro espetáculo visual, o time da Sucker Punch está claramente querendo deixar uma boa primeira impressão com o terceiro jogo da série – e de maneiras até menos óbvias, diga-se de passagem. O TechTudo esteve em uma sessão fechada com o jogo esta sexta (25/10) durante a Brasil Game Show, e pode conferir o jogo em ação.
A começar pela mudança de hábito central em Second Son. Cole MacGrath, herói dos outros dois jogos, cede os holofotes para Delsim Rowe, um jovem de 24 anos lutando contra o controle autoritário em uma versão fictícia de Seattle. Não é mudança pequena: se os poderes elétricos de Cole, cheios de efeitos luminosos, eram as estrelas do jogo anterior, Delsim aparece na demo capaz de controlar fumaça, uma habilidade que serve tanto quanto um demonstrativo da capacidade do hardware do PS4 em lidar com efeitos de partículas e modelos tridimensionais altamente dinâmicos, quanto em ditar uma nova maneira de interagir com o ambiente.
Na demo, Delsin precisava atacar um base inimiga situada em Space Needle – “se precisamos mostrar alguém chutando traseiros em Seattle, tem que ser em algum ponto turístico”, comenta o representante responsável pela demo. Somos informados de que o jogador terá que desabilitar vários focos de controle durante o jogo, mais ou menos como as torres Borgia de Assassin’s Creed: Brotherhood.
Como de praxe em um InFamous que se preste, Delsim não custa a achar problema. Evitando uma patrulha ao esgueirar literalmente cano acima por dentro de um exaustor de fumaça de um prédio – um excelente atalho para telhados – o herói logo é encontrado por adversários, e se livra de tiros em pleno ar, transitando rapidamente entre fumaça e forma física para cobrir longas distâncias em um único salto. Lembra um pouco as manobras improváveis de Prototype.
Embora David Bull, porta-voz do game, elogie o parco ou inexistente uso de texturas ou modelos repetidos pelo cenário – cada parte da cidade é contruída com “peças” próprias para manter o look distinto dos diversos bairros – e a destrutibilidade de certas partes do cenário como a coluna dorsal do que faria o projeto impossível de existir em um PlayStation 3, de longe a mais surpreendente e promissora novidade da sequência para a próxima geração não é exatamente visual.
Logo depois do tiroteio inicial, Delsin inicia uma batalha ferrenha com soldados também munidos de super poderes. É sim um espetáculo: adversários saltam por entre prédios deixando para trás intrincados “trampolins” de rocha e explosões de partículas, e criam a sensação de um jogo de ação incomumente ativo; mas, mais importante, os vilões parecem muito bem confortáveis nos cenários, usando-os a seu favor.
Em um ponto mais avançado, um deles chega a improvisar uma plataforma de pedra para pegar o jogador em um ângulo desprevenido. Apesar de ser uma demo, e de poder contar com um grau maior de roteirização e controle que o jogo final, a cena pode ser promissor exemplo do que podemos esperar das inteligências artificiais da próxima geração.
Visualmente o jogo é interessante, mas ainda estamos para receber a confirmação de que o game vai ou não rodar a 60 frames por segundo. Como exclusivo do PS4, Second Son também fará uso da tela de toque do controller em instâncias mandatórias. No final da demo, o herói destrói um veículo atacando seu núcleo. Somos informados que, para tal, é preciso arrastar um dedo de baixo para cima na telinha (simulando o ato de puxar o maquinário) enquanto pressiona o gatilho R2 para mandar rajadas de fogo contra o aparelho.
Com lançamento marcado para início de 2014, Second Son promete uma experiência intensa, boa história e, mais importante, variedade – Delsim também é capaz de absorver poderes alheios, embora detalhes exatos tenham sido omitidos por hora. Se o jogo mantiver o fôlego da demo, a Sucker Punch pode dar um pontapé e tanto para a nova geração.
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