Quem costuma viajar de avião sabe que as aeronaves não evoluíram muito nos últimos anos. Algumas fabricantes até investiram em um pouco mais de conforto e em algumas alterações nas tecnologias de funcionamento.Todavia, mesmo realizando algumas trocas de componentes, há um item que não pode ser removido: o piloto. Agora, você se pergunta, por que alguém iria tirar da aeronave a peça fundamental para que tudo funcione adequadamente?
A verdade é que ninguém quer tirar o piloto, mas a substituição desse profissional por um sistema controlado remotamente pode trazer uma série de benefícios em diversos casos. As forças armadas de vários países, inclusive, vêm apostando na ideia dos UAVs (veículo aéreo não tripulado).
Seja por conta de problemas mecânicos ou de erros do piloto, os acidentes acontecem e nem sempre é possível evitá-los. Às vezes, uma simples missão de reconhecimento acaba dando muito errado e, com isso, um piloto e um copiloto podem morrer em vão.
Os UAVs de pequeno porte também têm sido muito utilizados para averiguar localidades onde ocorreram terremotos, incêndios florestais e acidentes radioativos. Isso evita a exposição desnecessária de algumas equipes que antes eram designadas para esse tipo de missão.
A NASA é uma das pioneiras em tecnologias para UAVs, sendo que a agência já bolou meios até para usar esses aviões para estudos de furacões e tempestades. O Global Hawk utiliza o sistema HIWRAP (um radar com transmissor que usa o efeito Doppler) que trabalha em alta altitude (20 km) para estudar, com medições precisas, os ventos e prever grandes chuvas.
É interessante que as fabricantes de UAVs trabalham em diferentes projetos, oferecendo modelos específicos para cada atividade. Além dos drones que podem voar alto e de alguns que são velozes, há outros como o helicóptero K-MAX que servem para transportar cargas. Este veículo pode carregar até 2.720 kg (uma caminhonete) de suprimentos.
Para aproveitar algumas aeronaves antigas, a Força Área dos Estados Unidos resolveu adaptar alguns aviões F-16 para poder controlá-los à distância. Os modelos adaptados foram rebatizados para QF-16, já foram devidamente testados e, de acordo com notícia oficial da US Air Force, um deles já está em uso.
Temos que considerar ainda que mesmo o link de comunicação mais seguro do mundo pode ser alvo de ataques e possíveis quebras de segurança, o que nos leva a crer que existe uma possibilidade, mesmo que remota, de que a comunicação entre uma base e um UAV seja hackeada, o que poderia levar a consequências inimagináveis.
A verdade é que não é preciso ter receio por conta da questão de segurança, pois as companhias com as ferramentas e tecnologias mais avançadas do setor vêm investindo pesado para garantir que cada vez menos acidentes ocorram e que vidas não estejam em jogo.
Esse medo do desconhecido é até comum e certamente haverá uma resistência impedindo a fácil adoção da tecnologia de veículos não tripulados. A revista How It Works relata que, assim como os carros guiados por computadores vêm enfrentando uma série de entraves na lei, os UAVs também precisarão de um tempo para se adequarem aos órgãos regulamentadores.

É interessante notar que já existem drones tão pequenos que podem ser lançados até mesmo com uma única mão. Quem sabe, no futuro, esses miniveículos possam até entregar encomendas e realizar outras tarefas diárias.
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